Aula exibida no CMSP - 30/09/2020
Habilidade:
- Identificar, comparar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movimentos contestatórios ao poder centralizado, durante o período regencial no Brasil.
Objetivo:
- Compreender a dinâmica social na substituição da mão de obra escravizada pela mão de obra dos imigrantes europeus.
- Identificar o contexto social, político e econômico desta nova lógica de trabalho.
Assista a aula, registre suas considerações sobre o tema e as atividades propostas
Relembrando conceitos
Migrar: mudar-se periodicamente, locomover-se de tempos em tempos.
Emigrar: quando você sai do seu país e vai viver em outro.
Imigrar: quando você chega a um país estrangeiro para viver.
A imigração europeia no Brasil
No Brasil, ao longo da Regência e do Segundo Reinado, as estruturas e as relações de trabalho foram sofrendo graduais alterações, principalmente por pressão da Inglaterra. Para os ingleses, o fim da escravidão atendia aos seus interesses diante das transformações advindas da Revolução Industrial, na qual foram pioneiros.
Plantation
- Grandes propriedades.
- Cultivo de produtos tropicais.
- Monocultura.
- Emprego de mão de obra barata, inicialmente escravizada.
- Utilização de recursos técnicos.
- Produção voltada para a exportação.
Primeira Revolução Industrial
- Transição para novos processos de manufaturas na Europa. Essa transição incluiu a passagem de métodos de produção manual para máquinas.
- O desenvolvimento de máquinas-ferramentas e a ascensão do sistema de fábrica mecanizada.
- A indústria têxtil também foi a primeira a usar métodos de produção.
Contexto econômico
- Com a proibição do tráfico negreiro a partir de 1850, os cafeicultores brasileiros passaram a ter dificuldades em adquirir mão de obra capaz de suprimir suas demandas.
- Por essa época, ocorria o deslocamento do eixo econômico da região Nordeste, em crise devido à desvalorização dos principais produtos cultivados na região (cana-de-açúcar, algodão e fumo).
- Enquanto isso, o Sudeste via uma crescente valorização de seu principal produto de exportação, o café.
- Em vista da proibição da importação de africanos, passou a ser realizado o tráfico negreiro entre as províncias, estabelecendo um fluxo comercial de negros escravizados dentro de nosso território. Essa medida, contudo, em pouco tempo se mostrou incapaz de solucionar o problema de mão de obra, haja vista a crescente expansão das fazendas de café, que geravam um extraordinário enriquecimento desses cafeicultores. Por sua vez, a aquisição da mão de obra escrava tornou-se cada vez mais difícil em virtude dos altos preços pagos por cada escravizado.
Solução encontrada
- Para suprir a crescente necessidade de mão de obra na lavoura cafeeira, deu-se início à contratação de imigrantes europeus. O fazendeiro e senador Nicolau de Campos Vergueiro foi pioneiro nesse sistema. Durante dez anos, entre 1847 e 1857, ele trouxe inúmeras famílias europeias de diversas origens para trabalhar em terras brasileiras sob regime de parcerias.
- Contudo, o regime de parceria e as condições de trabalho impostas aos imigrantes sujeitos às arbitrariedades do fazendeiro geraram conflitos e levaram a outras formas de contratação da mão de obra livre.
Sistema de parcerias
- Endividamento das famílias imigrantes pelo pagamento da passagem, que era custeada pelo contratante.
- Divisão dos resultados da produção anual.
- A família imigrante seria incentivada a produzir porque obteria anualmente as receitas com as quais saldaria seus débitos.
ATIVIDADES
1- Qual a diferença entre as duas formas de trabalho?
Nenhum comentário:
Postar um comentário