OBJETO DO CONHECIMENTO: Por que
estudar Filosofia?
HABILIDADES: * Identificar
movimentos associados ao processo de conhecimento, compreendendo etapas da
reflexão filosófica para desenvolver o pensamento autônomo e questionador.
Para iniciarmos vamos
refletir um pouco
O que é Filosofia?
Filosofia é uma palavra
grega formada de duas outras: philo e sophia. Philo deriva da palavra philia,
que quer dizer “amor”, “amizade”. Sophia significa “sabedoria”, “conhecimento”. Então, filosofia é um termo que
significa “amor ao conhecimento”.
Essa definição é atribuída a Pitágoras de Samos, filósofo grego da Antiguidade.
Há uma tradição de longa data, segundo a qual, em certa ocasião, ao ser chamado
de sábio (sophós) por um interlocutor (acredita-se que tenha sido Lêon, tirano
da cidade de Fliús), Pitágoras teria reagido recusando o referido título e se
autodenominando amante ou amigo da sabedoria (philosophos). Assim, filósofo é aquele que é amigo da
sabedoria, a ama e a deseja, estabelecendo com ela uma relação de amizade.
A Filosofia seria, portanto, a busca do saber, do conhecimento, da verdade.
Essa busca é a atividade do filósofo. E ele a realiza por meio da reflexão,
como você verá adiante.
O objetivo deste tema,
que abre as portas para a Filosofia, será trabalhar com alguns significados da
palavra, descobrindo, também, quem registrou os primeiros pensamentos sobre
ela. Você também terá a chance de refletir sobre o que a Filosofia pode significar
no seu dia a dia.
ATIVIDADES
1-Você já mudou o seu
modo de agir ou deixou de fazer alguma coisa depois de refletir? Descreva, em
folha avulsa, o quanto a reflexão encontra-se presente no seu dia a dia.
2-Você já ouviu
a palavra filosofia? Quando? Onde? Tente se lembrar de frases em que essa
palavra tenha aparecido.
Observe com
atenção a imagem e depois responda às questões. Essa escultura foi feita por um
artista francês chamado Auguste Rodin (1840-1917).
3- Assinale os elementos que você percebe na
escultura:
( )
Concentração ( ) Esforço
( ) Reflexão
( ) Contemplação
( ) Calma
( ) Trabalho ( )
Energia ( ) Alegria
( )Nervosismo
( ) Outro.
Qual?--------------------------------
4- Você vê alguma relação entre a escultura e a
Filosofia?
Nas aulas seguintes vamos conhecer um pouco da
historia de um personagem chamado Jose Augusto.
As primeiras aulas de Filosofia de José Augusto
José Augusto havia se matriculado no Ensino para
Jovens e Adultos, pois já não era um menino. Tinha 32 anos. Na escola, estava
cansado, trabalhara o dia todo e, como funcionário de uma grande empresa,
dessas que chegaram ao Brasil vindas de outro país, estava mais do que
habituado ao sistema do “tempo é dinheiro” e por isso pensava que não tinha
tempo a perder com simples debates de opinião. Não tardou para que se irritasse
um pouco com a discussão promovida pela professora Lia, que buscava criar um espaço que valorizasse
o diálogo e o debate.
Apoiado por pelo menos uma dúzia de colegas em
situação bastante parecida, José Augusto foi direto ao ponto:
– Professora, a senhora me perdoe a sinceridade, mas
para que isso tudo aí? Para que esse
negócio todo de Filosofia? A professora, que já estava habituada a essa
pergunta, respondeu fazendo outra:
– Para que serve
o amor? Isso deixou José um tanto constrangido e arrancou
alguns risos maliciosos de outros estudantes. Mas ela insistiu:
– É sério, pense
nisso. Para que serve o amor? Houve um rápido
debate. Algumas pessoas, céticas, (Conduta da pessoa que se apoia no ceticismo,
corrente filosófica segundo a qual não é possível ao homem alcançar a verdade e
por isso busca evidências concretas ou provas práticas para ser convencido de
algo) disseram que a finalidade do amor é a reprodução da espécie. Outras
alegaram que ele serve para encantar a vida. E houve quem, claramente
amargurado, afirmou que o amor não serve para nada, “só para desilusão”.
A professora
retomou a atenção geral e dirigiu outra questão para a sala:
– Para que serve o conhecimento?
Outras hipóteses surgiram. Alguns disseram que serve
para o trabalho, para o aprimoramento ou desenvolvimento humano, para o acúmulo
de poder e, é claro, houve os que disseram, sem muita empolgação, que o conhecimento
também não serve para nada.
A professora
Lia, então, comentou para José Augusto e seus colegas que todas as respostas
podem estar certas e que aceitar uma resposta como a mais provável ou correta
não quer dizer que as outras sejam absurdas ou que não devam ser levadas em
conta. Desde que haja uma argumentação, todas as respostas refletem um ponto de
vista sobre um questionamento. No final, a lição foi que não há uma resposta
certa; certo é o caminho da reflexão: quanto mais você pensar nessas questões e
nessas respostas, mais aprenderá sobre o amor e sobre o conhecimento. Por isso,
é importante debater, dialogar e refletir. O conhecimento é infinito, logo,
tudo o que se pode fazer é mergulhar nele, abrindo novas perspectivas para o
pensamento.
Agora reflita
e responda segundo sua opinião:
5-Para que esse negócio todo de Filosofia?
6- Para que serve o amor?
7- Para que serve o conhecimento?
· Na
próxima aula continuaremos aprendendo com a
historia do nosso personagem José Augusto.
“Uma vida não
examinada não vale a pena ser vivida” – Sócrates
AVALIAÇÃO: Devolutiva (retorno das atividades 18-9-2020) através
do whattsap / Blog.