EE PROFº DIÓGENES RIBEIRO DE LIMA
3º ano "A"
Profª Luane
Língua Portuguesa
ATIVIDADE - 23 DE NOVEMBRO DE 2020
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE ´´CONTO DE ESCOLA`` DE MACHADO DE ASSIS
APÓS LER O CONTO RESPONDA:
1) COMO ERA A ESCOLA DESCRITA NO CONTO?
2) QUE TIPO DE ESTUDANTE ERA O NARRADOR?
3)O QUE HAVIA DE SEMELHANTE E DE
DIFERENTE EM RELAÇÃO À ESCOLA DE HOJE?
4) QUE ESCOLA TEMOS HOJE? QUAIS AVANÇOS
SÃO NECESSÁRIOS?
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´´CONTO DE ESCOLA´´(FRAGMENTO) DE MACHADO DE ASSIS
Conto de Escola de Machado de Assis A
Escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840.
Naquele dia — uma segunda-feira, do mês de maio — deixei-me estar alguns
instantes na Rua da Princesa a ver onde iria brincar a manhã. Hesitava entre o
morro de S. Diogo e o Campo de Sant’Ana, que não era então esse parque atual, construção
de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado de
lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De
repente disse comigo que o melhor era a escola. E guiei para a escola. Aqui vai
a razão. Na semana anterior tinha feito dous suetos, e, descoberto o caso,
recebi o pagamento das mãos de meu pai, que me deu uma sova de vara de
marmeleiro. As sovas de meu pai doíam por muito tempo. Era um velho empregado
do Arsenal de Guerra, ríspido e intolerante. Sonhava para mim uma grande
posição comercial, e tinha ânsia de me ver com os elementos mercantis, ler,
escrever e contar, para me meter de caixeiro. Citava-me nomes de capitalistas
que tinham começado ao balcão. Ora, foi a lembrança do último castigo que me levou
naquela manhã para o colégio. Não era um menino de virtudes. Subi a escada com
cautela, para não ser ouvido do mestre, e cheguei a tempo; ele entrou na sala
três ou quatro minutos depois. Entrou com o andar manso do costume, em chinelas
de cordovão, com a jaqueta de brim lavada e desbotada, calça branca e tesa e
grande colarinho caído. Chamava-se Policarpo e tinha perto de cinqüenta anos ou
mais. Uma vez sentado, extraiu da jaqueta a boceta de rapé e o lenço vermelho,
pô-los na gaveta; depois relanceou os olhos pela sala. Os meninos, que se
conservaram de pé durante a entrada dele, tornaram a sentar-se. Tudo estava em
ordem; começaram os trabalhos. — Seu Pilar, eu preciso falar com você, disse-me
baixinho o filho do mestre. Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole,
aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a
outros levava apenas trinta ou cinqüenta minutos; vencia com o tempo o que não
podia fazer logo com o cérebro. Reunia a isso um grande medo ao pai. Era uma criança
fina, pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do
pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do que conosco. — O
que é que você quer? — Logo, respondeu ele com voz trêmula. Começou a lição de
escrita. Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados da escola; mas era. Não
digo também que era dos mais inteligentes, por um escrúpulo fácil de entender e
de excelente efeito no estilo, mas não tenho outra convicção. Note-se que não
era pálido nem mofino: tinha boas cores e músculos de ferro. Na lição de
escrita, por exemplo, acabava sempre antes de todos, mas deixava-me estar a
recortar narizes no papel ou na tábua, ocupação sem nobreza nem
espiritualidade, mas em todo caso ingênua. Naquele dia foi a mesma coisa; tão
depressa acabei, como entrei a reproduzir o nariz do mestre, dando-lhe cinco ou
seis www.nead.unama.br 3 atitudes diferentes, das quais recordo a
interrogativa, a admirativa, a dubitativa e a cogitativa. Não lhes punha esses
nomes, pobre estudante de primeiras letras que era; mas, instintivamente,
dava-lhes essas expressões. Os outros foram acabando; não tive remédio senão
acabar também, entregar a escrita, e voltar para o meu lugar. Com franqueza,
estava arrependido de ter vindo. Agora que ficava preso, ardia por andar lá
fora, e recapitulava o campo e o morro, pensava nos outros meninos vadios, o
Chico Telha, o Américo, o Carlos das Escadinhas, a fina flor do bairro e do
gênero humano. Para cúmulo de desespero, vi através das vidraças da escola, no
claro azul do céu, por cima do morro do Livramento, um papagaio de papel, alto
e largo, preso de uma corda imensa, que bojava no ar, uma cousa soberba. E eu
na escola, sentado, pernas unidas, com o livro de leitura e a gramática nos
joelhos. — Fui um bobo em vir, disse eu ao Raimundo. — Não diga isso, murmurou
ele. Olhei para ele; estava mais pálido. Então lembrou-me outra vez que queria
pedir-me alguma cousa, e perguntei-lhe o que era. Raimundo estremeceu de novo,
e, rápido, disse-me que esperasse um pouco; era uma coisa particular. — Seu
Pilar... murmurou ele daí a alguns minutos. — Que é? — Você... — Você quê? Ele
deitou os olhos ao pai, e depois a alguns outros meninos. Um destes, o Curvelo,
olhava para ele, desconfiado, e o Raimundo, notando-me essa circunstância,
pediu alguns minutos mais de espera. Confesso que começava a arder de
curiosidade. Olhei para o Curvelo, e vi que parecia atento; podia ser uma
simples curiosidade vaga, natural indiscrição; mas podia ser também alguma
cousa entre eles. Esse Curvelo era um pouco levado do diabo. Tinha onze anos,
era mais velho que nós. Que me quereria o Raimundo? Continuei inquieto,
remexendo-me muito, falando-lhe baixo, com instância, que me dissesse o que
era, que ninguém cuidava dele nem de mim. Ou então, de tarde... — De tarde,
não, interrompeu-me ele; não pode ser de tarde. — Então agora... — Papai está
olhando. Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho,
buscavao muitas vezes com os olhos, para trazê-lo mais aperreado. Mas nós
também éramos finos; metemos o nariz no livro, e continuamos a ler. Afinal
cansou e tomou as folhas do dia, três ou quatro, que ele lia devagar,
mastigando as idéias e as paixões. Não esqueçam que estávamos então no fim da
Regência, e que era grande a agitação pública. Policarpo tinha decerto algum
partido, mas nunca pude averiguar esse ponto. O pior que ele podia ter, para
nós, era a palmatória. E essa lá estava, pendurada do portal da janela, à
direita, com os seus cinco olhos do diabo. Era só levantar a mão, despendurá-la
e brandi-la, com a força do costume, que não era www.nead.unama.br 4 pouca. E
daí, pode ser que alguma vez as paixões políticas dominassem nele a ponto de
poupar-nos uma ou outra correção. Naquele dia, ao menos, pareceu-me que lia as
folhas com muito interesse; levantava os olhos de quando em quando, ou tomava
uma pitada, mas tornava logo aos jornais, e lia a valer. No fim de algum tempo
— dez ou doze minutos — Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou para
mim. — Sabe o que tenho aqui? — Não. — Uma pratinha que mamãe me deu. — Hoje? —
Não, no outro dia, quando fiz anos... — Pratinha de verdade? — De verdade.
Tirou-a vagarosamente, e mostrou-me de longe. Era uma moeda do tempo do rei,
cuido que doze vinténs ou dous tostões, não me lembro; mas era uma moeda, e tal
moeda que me fez pular o sangue no coração. Raimundo revolveu em mim o olhar
pálido; depois perguntou-me se a queria para mim. Respondi-lhe que estava
caçoando, mas ele jurou que não. — Mas então você fica sem ela? — Mamãe depois
me arranja outra. Ela tem muitas que vovô lhe deixou, numa caixinha; algumas
são de ouro. Você quer esta? Minha resposta foi estender-lhe a mão
disfarçadamente, depois de olhar para a mesa do mestre. Raimundo recuou a mão
dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em seguida propôs-me um
negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um
ponto da lição de sintaxe. Não conseguira reter nada do livro, e estava com
medo do pai. E concluía a proposta esfregando a pratinha nos joelhos... Tive
uma sensação esquisita. Não é que eu possuísse da virtude uma idéia antes
própria de homem; não é também que não fosse fácil em empregar uma ou outra
mentira de criança. Sabíamos ambos enganar ao mestre. A novidade estava nos
termos da proposta, na troca de lição e dinheiro, compra franca, positiva, toma
lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a olhar para ele, à toa, sem
poder dizer nada. Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o
Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para
escapar ao castigo do pai. Se me tem pedido a cousa por favor, alcançá-la-ia do
mesmo modo, como de outras vezes, mas parece que era lembrança das outras
vezes, o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não aprender como
queria, — e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensinado mal, —
parece que tal foi a causa da proposta. O pobre-diabo contava com o favor, —
mas queria assegurar-lhe a eficácia, e daí recorreu à moeda que a mãe lhe dera
e que ele guardava como relíquia ou brinquedo; pegou dela e veio esfregá-la nos
joelhos, à minha vista, como uma tentação... Realmente, era bonita, fina,
branca, muito branca; e para mim, que só trazia cobre no bolso, quando trazia
alguma cousa, um cobre feio, grosso, azinhavrado... www.nead.unama.br 5 Não
queria recebê-la, e custava-me recusá-la. Olhei para o mestre, que continuava a
ler, com tal interesse, que lhe pingava o rapé do nariz. — Ande, tome, dizia-me
baixinho o filho. E a pratinha fuzilava-lhe entre os dedos, como se fora
diamante... Em verdade, se o mestre não visse nada, que mal havia? E ele não
podia ver nada, estava agarrado aos jornais, lendo com fogo, com indignação...
— Tome, tome... Relancei os olhos pela sala, e dei com os do Curvelo em nós;
disse ao Raimundo que esperasse. Pareceu-me que o outro nos observava, então
dissimulei; mas daí a pouco deitei-lhe outra vez o olho, e — tanto se ilude a
vontade! — não lhe vi mais nada. Então cobrei ânimo. — Dê cá... Raimundo deu-me
a pratinha, sorrateiramente; eu meti-a na algibeira das calças, com um alvoroço
que não posso definir. Cá estava ela comigo, pegadinha à perna. Restava prestar
o serviço, ensinar a lição e não me demorei em fazê-lo, nem o fiz mal, ao menos
conscientemente; passava-lhe a explicação em um retalho de papel que ele
recebeu com cautela e cheio de atenção. Sentia-se que despendia um esforço
cinco ou seis vezes maior para aprender um nada; mas contanto que ele escapasse
ao castigo, tudo iria bem. De repente, olhei para o Curvelo e estremeci; tinha
os olhos em nós, com um riso que me pareceu mau. Disfarcei; mas daí a pouco,
voltando-me outra vez para ele, achei-o do mesmo modo, com o mesmo ar,
acrescendo que entrava a remexerse no banco, impaciente. Sorri para ele e ele
não sorriu; ao contrário, franziu a testa, o que lhe deu um aspecto ameaçador.
O coração bateu-me muito. — Precisamos muito cuidado, disse eu ao Raimundo. —
Diga-me isto só, murmurou ele. Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e
a moeda, cá no bolso, lembrava-me o contrato feito. Ensinei-lhe o que era,
disfarçando muito; depois, tornei a olhar para o Curvelo, que me pareceu ainda
mais inquieto, e o riso, dantes mau, estava agora pior. Não é preciso dizer que
também eu ficara em brasas, ansioso que a aula acabasse; mas nem o relógio
andava como das outras vezes, nem o mestre fazia caso da escola; este lia os
jornais, artigo por artigo, pontuando-os com exclamações, com gestos de ombros,
com uma ou duas pancadinhas na mesa. E lá fora, no céu azul, por cima do morro,
o mesmo eterno papagaio, guinando a um lado e outro, como se me chamasse a ir
ter com ele. Imaginei-me ali, com os livros e a pedra embaixo da mangueira, e a
pratinha no bolso das calças, que eu não daria a ninguém, nem que me serrassem;
guardá-la-ia em casa, dizendo a mamãe que a tinha achado na rua. Para que me
não fugisse, ia-a apalpando, roçando-lhe os dedos pelo cunho, quase lendo pelo
tato a inscrição, com uma grande vontade de espiá-la. — Oh! seu Pilar! bradou o
mestre com voz de trovão. Estremeci como se acordasse de um sonho, e
levantei-me às pressas. Dei com o mestre, olhando para mim, cara fechada,
jornais dispersos, e ao pé da mesa, em pé, o Curvelo. Pareceu-me adivinhar
tudo. www.nead.unama.br 6 — Venha cá! bradou o mestre. Fui e parei diante dele.
Ele enterrou-me pela consciência dentro um par de olhos pontudos; depois chamou
o filho. Toda a escola tinha parado; ninguém mais lia, ninguém fazia um só
movimento. Eu, conquanto não tirasse os olhos do mestre, sentia no ar a
curiosidade e o pavor de todos. — Então o senhor recebe dinheiro para ensinar
as lições aos outros? disseme o Policarpo. — Eu... — Dê cá a moeda que este seu
colega lhe deu! clamou. Não obedeci logo, mas não pude negar nada. Continuei a
tremer muito. Policarpo bradou de novo que lhe desse a moeda, e eu não resisti
mais, meti a mão no bolso, vagarosamente, saquei-a e entreguei-lha. Ele
examinou-a de um e outro lado, bufando de raiva; depois estendeu o braço e
atirou-a à rua. E então disse-nos uma porção de cousas duras, que tanto o filho
como eu acabávamos de praticar uma ação feia, indigna, baixa, uma vilania, e
para emenda e exemplo íamos ser castigados. Aqui pegou da palmatória. — Perdão,
seu mestre... solucei eu. — Não há perdão! Dê cá a mão! Dê cá! Vamos!
Sem-vergonha! Dê cá a mão! — Mas, seu mestre... — Olhe que é pior! Estendi-lhe
a mão direita, depois a esquerda, e fui recebendo os bolos uns por cima dos
outros, até completar doze, que me deixaram as palmas vermelhas e inchadas.
Chegou a vez do filho, e foi a mesma cousa; não lhe poupou nada, dois, quatro,
oito, doze bolos. Acabou, pregou-nos outro sermão. Chamou-nos semvergonhas,
desaforados, e jurou que se repetíssemos o negócio apanharíamos tal castigo que
nos havia de lembrar para todo o sempre. E exclamava: Porcalhões! tratantes! faltos
de brio! Eu, por mim, tinha a cara no chão. Não ousava fitar ninguém, sentia
todos os olhos em nós. Recolhi-me ao banco, soluçando, fustigado pelos
impropérios do mestre. Na sala arquejava o terror; posso dizer que naquele dia
ninguém faria igual negócio. Creio que o próprio Curvelo enfiara de medo. Não
olhei logo para ele, cá dentro de mim jurava quebrar-lhe a cara, na rua, logo
que saíssemos, tão certo como três e dous serem cinco. Daí a algum tempo olhei
para ele; ele também olhava para mim, mas desviou a cara, e penso que
empalideceu. Compôs-se e entrou a ler em voz alta; estava com medo. Começou a
variar de atitude, agitando-se à toa, coçando os joelhos, o nariz. Pode ser até
que se arrependesse de nos ter denunciado; e na verdade, por que denunciar-nos?
Em que é que lhe tirávamos alguma cousa? " Tu me pagas! tão duro como
osso!" dizia eu comigo. Veio a hora de sair, e saímos; ele foi adiante,
apressado, e eu não queria brigar ali mesmo, na Rua do Costa, perto do colégio;
havia de ser na Rua larga São Joaquim. Quando, porém, cheguei à esquina, já o
não vi; provavelmente escondera- www.nead.unama.br 7 se em algum corredor ou
loja; entrei numa botica, espiei em outras casas, perguntei por ele a algumas
pessoas, ninguém me deu notícia. De tarde faltou à escola. Em casa não contei
nada, é claro; mas para explicar as mãos inchadas, menti a minha mãe, disse-lhe
que não tinha sabido a lição. Dormi nessa noite, mandando ao diabo os dous
meninos, tanto o da denúncia como o da moeda. E sonhei com a moeda; sonhei que,
ao tornar à escola, no dia seguinte, dera com ela na rua, e a apanhara, sem
medo nem escrúpulos... De manhã, acordei cedo. A idéia de ir procurar a moeda
fez-me vestir depressa. O dia estava esplêndido, um dia de maio, sol magnífico,
ar brando, sem contar as calças novas que minha mãe me deu, por sinal que eram
amarelas. Tudo isso, e a pratinha... Saí de casa, como se fosse trepar ao trono
de Jerusalém. Piquei o passo para que ninguém chegasse antes de mim à escola;
ainda assim não andei tão depressa que amarrotasse as calças. Não, que elas
eram bonitas! Mirava-as, fugia aos encontros, ao lixo da rua... Na rua
encontrei uma companhia do batalhão de fuzileiros, tambor à frente, rufando.
Não podia ouvir isto quieto. Os soldados vinham batendo o pé rápido, igual,
direita, esquerda, ao som do rufo; vinham, passaram por mim, e foram andando.
Eu senti uma comichão nos pés, e tive ímpeto de ir atrás deles. Já lhes disse:
o dia estava lindo, e depois o tambor... Olhei para um e outro lado; afinal,
não sei como foi, entrei a marchar também ao som do rufo, creio que
cantarolando alguma cousa: Rato na casaca... Não fui à escola, acompanhei os
fuzileiros, depois enfiei pela Saúde, e acabei a manhã na Praia da Gamboa.
Voltei para casa com as calças enxovalhadas, sem pratinha no bolso nem
ressentimento na alma. E contudo a pratinha era bonita e foram eles, Raimundo e
Curvelo, que me deram o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da
delação; mas o diabo do tambor...