OBJETO DO CONHECIMENTO: Características
do discurso filosófico: comparação com o discurso da literatura .
HABILIDADES: Ler, compreender e interpretar textos
filosóficos.
Leitura e análise de texto
FILOSOFIA E VIDA
“Amar é encontrar a própria
felicidade na felicidade alheia”; “Quem quer colher rosas, deve suportar os
espinhos”; “A felicidade é como a borboleta, quando a perseguimos nos escapa;
quando desistimos de persegui-la, pousa em nós”; “a felicidade e o desejo não
podem juntar-se”. Qual ideia de
felicidade está presente nestes provérbios? Eles trazem diferentes percepções e caminhos para a felicidade?
Neste conjunto de atividades complementares, vamos refletir sobre alguns
requisitos para a felicidade, não como um sentimento fugaz, mas como questão
histórica e cultural, um tema de reflexão ética. A felicidade já foi concebida
como uma “época de ouro”, quando os homens eram mais livres. Também já foi
considerada como uma condição que não é deste mundo, mas só pode ser encontrada
no paraíso, numa vida após a morte, como uma espécie de consolo para uma vida
de sofrimentos e carências. No contexto da modernidade, diante da racionalidade
científica e do sistema de produção capitalista, a perspectiva, que demanda
para o abandono deste mundo material para ser feliz numa outra vida, teve o seu
lugar de primazia tomado pelo horizonte de felicidade fundamentado na
realização mundana, tendo como referência uma vida bem-sucedida, competitiva,
da qual poucos saem vencedores. Neste contexto de ampliação da produção, do
desenvolvimento tecnológico que propiciou melhores recursos de infraestrutura,
até mesmo as religiões passaram a compreender que ainda que exista uma outra
vida após a morte, com recompensas e castigos, as questões sociais precisam ser
consideradas de forma que esta vida possa ser vivida de maneira mais digna,
inclusive, do ponto de vista material. O predomínio da razão tecnicista tem se
ampliado de tal forma que até as questões éticas têm se orientado para respostas
técnicas. A política que já foi pensada como uma dimensão para atender as
finalidades humanas mais gerais, de participação, debate, conferindo à vida
pública como uma dimensão da felicidade, passou a ter o caráter de
administração de interesses privados. Esse predomínio da racionalidade técnica
voltada para fins privados, que certamente é uma parte da vida, passou a ser
considerado como se fosse toda a vida. Ou seja, o desenvolvimento científico e
tecnológico, que nos permite meios para suprir as necessidades, parece apontar
apenas para uma dimensão da vida, a satisfação material, o lugar de destaque,
mas e quando não temos acesso a esses progressos da vida material? Quando percebemos que vivemos numa
sociedade de progresso, de abundância, e não podemos participar plenamente
dela? Não se trata de definir a felicidade ou afirmar as condições para ser
feliz, mas de problematizar, diante do cotidiano, como ser feliz hoje?
1-
Apos leitura do texto descreva o que entendeu.
AVALIAÇÃO: Devolutiva
(retorno das atividades) através do whattsap / Blog.
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