Texto I - Escravidão e servidão
Escravidão e
uma complexa forma de relação social, caracterizada principalmente pela
exploração da força de trabalho.
Quando um sistema social se estrutura a partir da exploração de uma classe de
indivíduos, com a classe que os explora se beneficiando continuamente desta
subordinação e outros indivíduos sendo continuamente reintroduzidos dentro
desta logica exploratória (seja por comercio ou reprodução natural), existe
escravidão.
Na Antiguidade, um dos exemplos mais
conhecidos de escravidão foi o praticado na Roma Antiga, onde as pessoas eram
escravizadas por dividas, por nascimento ou por serem prisioneiras de guerra.
Nesse cenário, essas pessoas eram
excluídas da vida política, assim como os plebeus que, embora fossem livres,
não tinham direitos políticos e poderiam se tornar escravos devido a
impossibilidade do pagamento de dívidas.
No mundo medieval, o que definia a
posição social dos indivíduos era a posse da terra. O senhor feudal,
consequentemente, detinha o poder político local, tendo o direito de cobrar
muitas taxas dos servos que trabalhavam e habitavam seu feudo em troca de sua
proteção. A servidão e também uma forma de relação social, caracterizada por
laços de dependência mútuos, mas é importante ressaltar que os servos também
não participavam da vida política. Na atualidade, a escravidão e a servidão são
combatidas pelos governos democráticos.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de apoio ao Currículo Paulista
Janeiro, extraído de “As
riquíssimas horas do Duque de Berry”, Irmãos de Limbourg, Barthelemy d’Eyck,
Jean Colombe, tempera e
folha de ouro sobre papel, 29x21cm, século XV. Encadernação do século XVIII.
Musee Conde, Chateau de
Chantilly, Franca. Fonte: Wikipédia. Disponível em: <https://upload.wikimedia.
org/Wikipédia/commons/8/8a/Les_Tr%C3%A8s_Riches_
Heures_du_duc_de_Berry_Janvier.jpg>. Acesso
em: 04 abr. 2020.
Fevereiro, extraído de
“As riquíssimas horas do Duque de Berry”, Irmãos de Limbourg, Barthelemy
d’Eyck,
Jean Colombe, tempera e
folha de ouro sobre papel, 29x21cm, século XV. Encadernação do século XVIII.
Musee
Conde, Chateau de
Chantilly, Franca. Fonte: Wikipédia. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/
Wikipédia/commons/0/02/Les_Tr%C3%A8s_Riches_
Heures_du_duc_de_Berry_f%C3%A9vrier.jpg>. Acesso
em: 04 abr. 2020.
Texto II
Durante boa parte da Idade Média o trabalho intelectual foi realizado, em grande parte, pelos membros do clero. Nessa época, os livros eram manuscritos, considerados objetos de grande valor e produzidos principalmente nos conventos e abadias. Era comum que esses livros fossem ilustrados com pequenas pinturas, hoje consideradas obras-primas da arte medieval. Chamamos essas pinturas de iluminuras. O termo iluminura se referia ao uso de cores vibrantes, incluindo o uso de ouro e prata que iluminavam as ilustrações.
As imagens acima foram retiradas do livro de horas “As riquíssimas horas do Duque de Berry”. Encomendado por Jean de Valois, o duque de Berry, em meados de 1410, este livro de horas com mais de 512 páginas foi feito por vários artistas e finalizado apenas em 1489. O livro de horas era destinado aos fiéis católicos e continha orações ligadas as horas do dia, além de calendários de festas religiosas. Surgiram no século XIII e foram muito comuns até o século XVI, quando foram substituídos por livros impressos.
Entre as iluminuras do
livro de horas do duque de Berry, destacamos as representações dos meses de
janeiro e fevereiro. O mês de janeiro (a esquerda) mostra em destaque os nobres
da corte e o alto clero no banquete de ano novo, realizado em um dos castelos
do duque; ao fundo, aparecem guerreiros em um combate. No mês de fevereiro (a
direita), em pleno inverno rigoroso, três pessoas se aquecem em frente ao fogo
no interior da casa de uma família de camponeses (servos), enquanto três outras
trabalham no exterior, uma cortando lenha e as outras duas cuidando dos
animais.
Fonte: Elaborado especialmente
para o Material de apoio ao Currículo Paulista.
a)
De acordo com o primeiro
texto, o que poderia levar alguém ser escravizado?
b)
De que forma indivíduos
podiam tornar-se servos durante a Idade Média?
c) Podemos dizer que as práticas
escravistas realizadas durante a Antiguidade deixaram
de existir na Idade Média? Como você chegou a essa conclusão?
Atividade 2
Através das imagens podemos perceber diferenças
entre o cotidiano dos nobres e dos
servos durante uma mesma estação do ano, o
Inverno. Analise as imagens e descreva:
a) Quais são as principais ações que estão
acontecendo em cada imagem;
b) Qual é o assunto de cada imagem;
c) Após ter descrito as
imagens, o que podemos falar sobre as formas de vida dos nobres
e membros do clero nas terras do duque de
Berry? E sobre a vida dos servos?
Bom estudo!
Próxima aula vamos concluir essa aprendizagem
com uma atividade para avaliação de conteúdo.
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