domingo, 25 de outubro de 2020

DISCIPLINA: FILOSOFIA TURMA: 3º SÉRIE

 

OBJETO  DO CONHECIMENTO: Características do discurso filosófico: comparação com o discurso da literatura .

HABILIDADES: Ler, compreender e interpretar textos filosóficos.

Leitura e análise de texto

FILOSOFIA E VIDA

“Amar é encontrar a própria felicidade na felicidade alheia”; “Quem quer colher rosas, deve suportar os espinhos”; “A felicidade é como a borboleta, quando a perseguimos nos escapa; quando desistimos de persegui-la, pousa em nós”; “a felicidade e o desejo não podem juntar-se”. Qual ideia de felicidade está presente nestes provérbios? Eles trazem diferentes percepções e caminhos para a felicidade? Neste conjunto de atividades complementares, vamos refletir sobre alguns requisitos para a felicidade, não como um sentimento fugaz, mas como questão histórica e cultural, um tema de reflexão ética. A felicidade já foi concebida como uma “época de ouro”, quando os homens eram mais livres. Também já foi considerada como uma condição que não é deste mundo, mas só pode ser encontrada no paraíso, numa vida após a morte, como uma espécie de consolo para uma vida de sofrimentos e carências. No contexto da modernidade, diante da racionalidade científica e do sistema de produção capitalista, a perspectiva, que demanda para o abandono deste mundo material para ser feliz numa outra vida, teve o seu lugar de primazia tomado pelo horizonte de felicidade fundamentado na realização mundana, tendo como referência uma vida bem-sucedida, competitiva, da qual poucos saem vencedores. Neste contexto de ampliação da produção, do desenvolvimento tecnológico que propiciou melhores recursos de infraestrutura, até mesmo as religiões passaram a compreender que ainda que exista uma outra vida após a morte, com recompensas e castigos, as questões sociais precisam ser consideradas de forma que esta vida possa ser vivida de maneira mais digna, inclusive, do ponto de vista material. O predomínio da razão tecnicista tem se ampliado de tal forma que até as questões éticas têm se orientado para respostas técnicas. A política que já foi pensada como uma dimensão para atender as finalidades humanas mais gerais, de participação, debate, conferindo à vida pública como uma dimensão da felicidade, passou a ter o caráter de administração de interesses privados. Esse predomínio da racionalidade técnica voltada para fins privados, que certamente é uma parte da vida, passou a ser considerado como se fosse toda a vida. Ou seja, o desenvolvimento científico e tecnológico, que nos permite meios para suprir as necessidades, parece apontar apenas para uma dimensão da vida, a satisfação material, o lugar de destaque, mas e quando não temos acesso a esses progressos da vida material? Quando percebemos que vivemos numa sociedade de progresso, de abundância, e não podemos participar plenamente dela? Não se trata de definir a felicidade ou afirmar as condições para ser feliz, mas de problematizar, diante do cotidiano, como ser feliz hoje?

 

1-     Apos leitura do texto descreva  o que entendeu.

 

AVALIAÇÃO: Devolutiva (retorno das atividades) através do whattsap / Blog.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário