terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

3ºA E.M HISTÓRIA - Imperialismo, Gobineau e racismo 25/02/2021

 

E E DIÓGENES RIBEIRO DE LIMA

DISCIPLINA: HISTÓRIA

TURMA: 3º A E.M.

PROFESSOROR (A): Claudia Ribas da Silva

CONTEÚDO:

Imperialismo, Gobineau e o racismo

 

TDIC:

( X ) GRUPOS DE WHATSAPP

( X ) MATERIAIS  IMPRESSO

( x ) BLOGG

( X ) OUTROS

Período: 25 a 26 de fevereiro  de 2021

ENTREGA: até 05/03/2021

Horas/ aulas:

  Habilidades: 

Analisar criticamente as justificativas ideológicas apresentadas pelas grandes potenciais para interferir nas várias regiões do planeta (sistemas modernos de colonização, imperialismo, conflitos atuais).   

                                                                                       

 Objetos de conhecimento.

Apresentar as principais teorias cientificas e sociais que justificam, ideologicamente, o processo de colonização da África e Ásia, entre os séculos XIX e XX e seus desdobramentos em outras regiões do mundo.

Análise de documento histórico,  reflexão e crítica a discursos discriminatórios do passado e presente.

 

AVALIAÇÃO:

Retorno das atividades através de fotos enviado por WhatsApp e devolutiva do impresso no dia das aulas remotas.

        Professora  Claudia Ribas

(41) 98458 3020

 

 

 

 

Aula 1- Leitura e análise de texto

ATIVIDADE 1

1.1. Leiam os textos abaixo:

 TEXTO I

 O jornal Folha de SP, em artigo publicado em 22 de março de 2018, afirma que a Europa recebeu, desde 2010, mais de um milhão de imigrantes da África subsaariana e, a partir de 2017 esse número triplicou. Algumas das razões apontadas pelo jornal para saída da população de seus países, seriam os conflitos internos, instabilidade política e pouca confiança no futuro. No entanto, há também um enorme fluxo migratório entre países africanos como apontam os estudos África em Movimento: dinâmica e motores da migração ao Sul do Saara (Estudo publicado pelos órgãos FAO e CIRAD/ONU). As migrações criaram o mundo que conhecemos hoje, impulsionaram seu desenvolvimento e ainda assim enfrentam problemas internos relacionados ao aumento populacional e consequentemente o desemprego, divisões entre as economias rurais e urbanas.

Fonte: Adaptado de: Diogo Bercito. Europa recebeu 1 milhão de imigrantes da África Subsaariana desde 2010. Folha de S. Paulo, 22 mar. 2018. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/03/europa-recebeu-1-milhao-deimigrantes-da-africa-subsaariana-desde-2010.shtml. Acesso em: 20 set. 2019.

 

TEXTO II

 Segundo o Banco Mundial, a taxa de extrema pobreza no mundo é de 10%, no entanto na África esse número chega a 41% (dados de 2015). As explicações do órgão internacional, apesar da heterogeneidade do continente e dos seus países, ainda estão relacionadas à violência, guerras civis, e fragilidades institucionais. Alguns países teriam suas taxas de crescimento econômico menores diante da dependência de outros países.

Fonte: Friederike Müller-Jung. Banco Mundial: Pobreza extrema ainda preocupa em África. Adaptado de: DW, 17 out. 2018. Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/banco-mundial-pobreza-extrema-ainda-preocupa-em-%C3%A1frica/ a-45924718. Acesso em: 20 set. 2019.

 

a) Ao ler os textos, tendo em vista seus conhecimentos, você consegue pensar quais as razões históricas que fazem com que alguns países africanos enfrentem dificuldades econômicas, políticas e sociais?

 

 

 

 

 

 


ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

Quando pensamos no continente Africano, somos muitas vezes compelidos a cair em grandes estereótipos e lemos os textos acima que parecem não coincidir com a cidade de Johanesburgo, moderna e industrializada. A África possui recursos naturais como ouro, diamantes e urânio que circulam pelo mundo, além das reservas de petróleo. Temos a tendência de perceber esse enorme continente, de um lado como uma África que representaria a pobreza, a fome, ou do contrário, uma África idílica, parada no tempo com suas tradições, savanas e animais exóticos. Para uma reflexão que parte do presente para o passado, precisamos analisar como esse olhar foi construído historicamente. Um aspecto importante a ser destacado é que geograficamente o continente africano costuma ser separado por uma “África branca”, ao norte do Saara, e uma “negra”, ou subsaariana, ao sul do continente. Criar divisões, entre a “África branca” e a “negra” já é uma denominação que reproduz um discurso colonialista e racista. Quando estudamos a civilização egípcia, esquecemos que sua população surgiu nas nascentes do Rio Nilo, ou seja, na “África Negra”, ou mesmo quando falamos de uma “África Muçulmana”, como se fosse possível delimitar espaços e culturas tão heterogêneas. Ao criarmos essas “separações”, reiteramos determinados estereótipos criados pelas fronteiras artificiais às quais esse continente foi submetido. Dessa forma, devemos fazer a reflexão: de que “África” estamos falando e querendo entender? Quando generalizamos, ou seja, universalizamos a África a uma coisa única, desvalorizamos toda sua diversidade, e acentuamos os preconceitos.

 Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.

 b) Faça  uma pesquisa apontando as razões que levaram à construção desse estereótipo acerca do Continente Africano e procure pensar quais seriam os fatores internos e externos que comprometem aspectos econômicos e sociais em sua autodeterminação .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 2

 

Cientificismo e Racismo

 A ciência, atrelada aos avanços tecnológicos, auxiliou o discurso de dominação da Europa em relação aos povos afro-asiáticos. Utilizando parâmetros da teoria darwinista aos fenômenos sociais, a teoria justificava a vitória do mais “forte” sobre o mais “fraco” – como uma “seleção natural”. Ou seja, a novidade no século XIX, foi a criação de uma concepção de raça como um atributo biológico e cientificamente “legítimo”[..]

Missão civilizadora – o fardo do homem branco O discurso da “superioridade dos europeus” de “raça branca” propiciou a disseminação do imperialismo, justificado pela responsabilidade em “civilizar” os povos inferiores, incultos, pautados pelas ausências de Estado, de tecnologia, de cultura etc. Os franceses usaram o termo “missão civilizadora” e os ingleses, “o fardo do homem branco”.

 Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.

Leia os trechos abaixo e faça uma reflexão relacionando seus discursos ao tema apresentado acima:

DOCUMENTO I –

Poema O fardo do homem branco

 “Pegai o fardo do Homem Branco

 Enviai vossos melhores filhos

 Andai, condenai seus filhos ao exílio

 Para servirem aos vossos cativos;

 Para esperar, com chicotes pesados

O povo convulsionado e selvagem

 Vossos cativos, tristes povos,

 Metade demônio, metade criança”.

 Poesia de Rudyard Kipling, publicada em 1894. Tradução livre. Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/ wiki/The_White_Man%27s_Burden. Acesso em: 20 set. 2019.

DOCUMENTO II –

 Discurso de ministro francês em 1885 “As raças superiores têm um direito sobre as raças inferiores. As raças superiores têm o dever de civilizar as inferiores.” Jules Ferry, 1885. (Tradução Livre).

 Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/ Jules_Ferry. Acesso em: 20 set. 2019.

a)Crie um título para os documentos I e II  justificando sua ideia:

 

b) Com base na temática estudada, relacionando-a aos dias atuais, pesquise se é possível identificar evidências em notícias de jornais, filmes, charges, e outras mídias de permanências relacionadas a preconceitos étnicos, religiosos ou culturais? Justifique.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CADERNO DO ALUNO, SPFE – E.M.  3º série 1º Semestre;2020


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