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E DIÓGENES RIBEIRO DE LIMA |
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DISCIPLINA: HISTÓRIA |
TURMA: 3º A E.M. |
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PROFESSOROR (A): Claudia Ribas da Silva |
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CONTEÚDO: Imperialismo,
Gobineau e o racismo |
TDIC: ( X ) GRUPOS DE WHATSAPP ( X ) MATERIAIS IMPRESSO ( x ) BLOGG ( X ) OUTROS |
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Período: 25 a 26 de fevereiro de 2021 |
ENTREGA: até 05/03/2021 |
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Horas/ aulas: 2 |
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Analisar
criticamente as justificativas ideológicas apresentadas pelas grandes potenciais
para interferir nas várias regiões do planeta (sistemas modernos de
colonização, imperialismo, conflitos atuais).
Objetos de
conhecimento.
Apresentar as principais teorias cientificas e
sociais que justificam, ideologicamente, o processo de colonização da África e
Ásia, entre os séculos XIX e XX e seus desdobramentos em outras regiões do mundo.
Análise de
documento histórico, reflexão e crítica
a discursos discriminatórios do passado e presente.
AVALIAÇÃO:
Retorno das atividades através de fotos enviado por WhatsApp e devolutiva
do impresso no dia das aulas remotas.
Professora Claudia Ribas
(41)
98458 3020
Aula 1- Leitura
e análise de texto
ATIVIDADE 1
1.1. Leiam os textos abaixo:
TEXTO I
O jornal Folha de
SP, em artigo publicado em 22 de março de 2018, afirma que a Europa recebeu,
desde 2010, mais de um milhão de imigrantes da África subsaariana e, a partir
de 2017 esse número triplicou. Algumas das razões apontadas pelo jornal para
saída da população de seus países, seriam os conflitos internos, instabilidade
política e pouca confiança no futuro. No entanto, há também um enorme fluxo
migratório entre países africanos como apontam os estudos África em Movimento:
dinâmica e motores da migração ao Sul do Saara (Estudo publicado pelos órgãos
FAO e CIRAD/ONU). As migrações criaram o mundo que conhecemos hoje,
impulsionaram seu desenvolvimento e ainda assim enfrentam problemas internos
relacionados ao aumento populacional e consequentemente o desemprego, divisões
entre as economias rurais e urbanas.
Fonte: Adaptado de: Diogo Bercito. Europa recebeu 1 milhão
de imigrantes da África Subsaariana desde 2010. Folha de S. Paulo, 22 mar.
2018. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/03/europa-recebeu-1-milhao-deimigrantes-da-africa-subsaariana-desde-2010.shtml.
Acesso em: 20 set. 2019.
TEXTO II
Segundo o Banco
Mundial, a taxa de extrema pobreza no mundo é de 10%, no entanto na África esse
número chega a 41% (dados de 2015). As explicações do órgão internacional,
apesar da heterogeneidade do continente e dos seus países, ainda estão
relacionadas à violência, guerras civis, e fragilidades institucionais. Alguns
países teriam suas taxas de crescimento econômico menores diante da dependência
de outros países.
Fonte: Friederike Müller-Jung. Banco Mundial: Pobreza
extrema ainda preocupa em África. Adaptado de: DW, 17 out. 2018. Disponível em:
https://www.dw.com/pt-002/banco-mundial-pobreza-extrema-ainda-preocupa-em-%C3%A1frica/
a-45924718. Acesso em: 20 set. 2019.
a) Ao ler os textos, tendo em vista seus conhecimentos,
você consegue pensar quais as razões históricas que fazem com que alguns países
africanos enfrentem dificuldades econômicas, políticas e sociais?
ALGUMAS
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Quando pensamos no continente Africano, somos muitas vezes
compelidos a cair em grandes estereótipos e lemos os textos acima que parecem
não coincidir com a cidade de Johanesburgo, moderna e industrializada. A África
possui recursos naturais como ouro, diamantes e urânio que circulam pelo mundo,
além das reservas de petróleo. Temos a tendência de perceber esse enorme
continente, de um lado como uma África que representaria a pobreza, a fome, ou
do contrário, uma África idílica, parada no tempo com suas tradições, savanas e
animais exóticos. Para uma reflexão que parte do presente para o passado,
precisamos analisar como esse olhar foi construído historicamente. Um aspecto
importante a ser destacado é que geograficamente o continente africano costuma
ser separado por uma “África branca”, ao norte do Saara, e uma “negra”, ou
subsaariana, ao sul do continente. Criar divisões, entre a “África branca” e a
“negra” já é uma denominação que reproduz um discurso colonialista e racista.
Quando estudamos a civilização egípcia, esquecemos que sua população surgiu nas
nascentes do Rio Nilo, ou seja, na “África Negra”, ou mesmo quando falamos de
uma “África Muçulmana”, como se fosse possível delimitar espaços e culturas tão
heterogêneas. Ao criarmos essas “separações”, reiteramos determinados
estereótipos criados pelas fronteiras artificiais às quais esse continente foi
submetido. Dessa forma, devemos fazer a reflexão: de que “África” estamos
falando e querendo entender? Quando generalizamos, ou seja, universalizamos a
África a uma coisa única, desvalorizamos toda sua diversidade, e acentuamos os
preconceitos.
Fonte: Elaborado
especialmente para o São Paulo Faz Escola.
b) Faça uma pesquisa apontando as razões que levaram à
construção desse estereótipo acerca do Continente Africano e procure pensar
quais seriam os fatores internos e externos que comprometem aspectos econômicos
e sociais em sua autodeterminação .
Aula 2
Cientificismo
e Racismo
A ciência, atrelada
aos avanços tecnológicos, auxiliou o discurso de dominação da Europa em relação
aos povos afro-asiáticos. Utilizando parâmetros da teoria darwinista aos
fenômenos sociais, a teoria justificava a vitória do mais “forte” sobre o mais
“fraco” – como uma “seleção natural”. Ou seja, a novidade no século XIX, foi a
criação de uma concepção de raça como um atributo biológico e cientificamente
“legítimo”[..]
Missão civilizadora – o fardo do homem branco O discurso da
“superioridade dos europeus” de “raça branca” propiciou a disseminação do
imperialismo, justificado pela responsabilidade em “civilizar” os povos
inferiores, incultos, pautados pelas ausências de Estado, de tecnologia, de
cultura etc. Os franceses usaram o termo “missão civilizadora” e os ingleses,
“o fardo do homem branco”.
Fonte: Elaborado
especialmente para o São Paulo Faz Escola.
Leia os trechos abaixo e faça uma reflexão
relacionando seus discursos ao tema apresentado acima:
DOCUMENTO I –
Poema O fardo do homem branco
“Pegai o fardo do
Homem Branco
Enviai vossos
melhores filhos
Andai, condenai seus
filhos ao exílio
Para servirem aos
vossos cativos;
Para esperar, com
chicotes pesados
O povo convulsionado e selvagem
Vossos cativos,
tristes povos,
Metade demônio,
metade criança”.
Poesia de Rudyard
Kipling, publicada em 1894. Tradução livre. Fonte: Wikipedia. Disponível em:
https://en.wikipedia.org/ wiki/The_White_Man%27s_Burden. Acesso em: 20 set.
2019.
DOCUMENTO II –
Discurso de ministro
francês em 1885 “As raças superiores têm um direito sobre as raças inferiores.
As raças superiores têm o dever de civilizar as inferiores.” Jules Ferry, 1885.
(Tradução Livre).
Fonte:
Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/ Jules_Ferry. Acesso
em: 20 set. 2019.
a)Crie um título para os documentos I e II justificando sua ideia:
b) Com base na temática estudada, relacionando-a aos dias
atuais, pesquise se é possível identificar evidências em notícias de jornais,
filmes, charges, e outras mídias de permanências relacionadas a preconceitos
étnicos, religiosos ou culturais? Justifique.
Fonte: CADERNO DO ALUNO, SPFE – E.M. 3º série 1º Semestre;2020
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