segunda-feira, 6 de julho de 2020

História 3ª série - A Crise de 1929

Aula exibida no CMSP - 29/06/2020



Objetivos:

  • Apontar as circunstâncias que levaram à crise econômica causada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, relacionando com as consequências da 1ª Guerra Mundial.
  • Caracterizar formas de circulação de informação, capitais, mercadorias e serviços no tempo e no espaço.
Registre suas considerações sobre o tema e as atividades propostas


O contexto
  • 1ª Guerra Mundial: vitória da Tríplice Entente consolidada pelo Tratado de Versalhes (1919);
  • EUA: sai fortalecido economicamente do conflito, nova potência mundial;
  • Europa: arrasada pelo conflito. Produção agrícola, industrial e comércio estagnados.

O boom econômico (1920)

  • Wall Street - NY: investidores passam a aproveitar a grande valorização das ações de empresas norte-americanas e fazem aplicações;
  • Classe média investidora (American Way of Life);
  • Especulação e valorização artificial das ações dinheiro fácil;

Problemas...

  • O desempenho das empresas não correspondia à valorização de suas ações;
  • O desempenho das empresas não correspondia à valorização de suas ações;
  • Salários estagnados e baixo preço de gêneros agrícolas: o operário e o homem do campo não tiveram aumento de seu poder aquisitivo durante a década de 1920, ficando fora do perfil de consumo;
  • A partir da segunda metade da década de 1920, a economia europeia começa a se recuperar e a retomada de alguns setores levou a cortes nas importações de produtos norte-americanos.
O crash
  • Superprodução e acúmulo de estoques;
  • Queda dos preços no mercado interno;
  • Queda nas exportações;
  • Desvalorização das ações: tentativa desesperada de venda;
  • Quebra da Bolsa de Valores de NY em 29 de outubro de 1929.



New Deal (1933)
Novo Acordo: Plano econômico aplicado pelo presidente Franklin Delano Roosevelt, baseado na intervenção do Estado na economia.
Principais medidas:

  • Desvalorização da moeda, para tornar as exportações mais competitivas;
  • Empréstimos aos bancos, para evitar novas falências;
  • Criação do seguro-desemprego;
  • Criação de um vasto plano de obras públicas, a fim de gerar novos empregos;
  • Salário mínimo e direito de organização sindical;
  • Subsídio a insumos, para estimular a produção agrícola.
A crise de 1929 e o Brasil
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram os maiores compradores de café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café caíram.

Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Os cafeicultores se recusavam a diminuir o plantio, em uma atitude muito semelhante à superprodução estadunidense que gerou a crise.
Para comprar o café, o Governo Brasileiro mergulhou em uma rotina de empréstimos - pegos em uma época em que a taxa de juros, por conta da Grande Depressão, era altíssima. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época.

A crise de 1929 e a Alemanha
Quando a Grande Depressão teve início em 1929, o governo alemão acreditou que cortes em gastos públicos iriam estimular o crescimento econômico do país, assim cortando drasticamente gastos estatais, incluindo no setor social (...).

A República de Weimar cortou completamente todos os fundos públicos ao programa de ajuda social para desempregados - o que resultou em maiores contribuições pelos trabalhadores e menores benefícios aos desempregados -  entre outros cortes no setor social. A recessão, com seu auge em 1932, trouxe à nação um índice altíssimo de desemprego, que beirava os 45%. O Marco alemão decresceu a valores quase insignificantes, por volta de um milionésimo. Com classes baixa e média desempregadas e extremamente descontentes o país se afundou na desordem. A República de Weimar tinha perdido toda sua credibilidade frente à população, principalmente os alemães médios, que tinham tido os seus tradicionais e viçosos valores feridos. Este foi mais um fator que propiciou o surgimento das ditas ultra-direitas nacionais...

ATIVIDADES

1- A Grande Depressão econômica que se abateu nos EUA e se alastrou pelo mundo capitalista deveu-se ao(à):
a) produção industrial norte-americana, ocasionada por uma falsa perspectiva de crescimento econômico pós-Primeira Guerra Mundial;
b) vitória alemã na Primeira Guerra Mundial e, consequentemente, sua capacidade de competição econômica com os empresários norte-americanos;
c) desencadeamento da Revolução Russa de 1917 e a formação de um novo bloco econômico, capaz de competir com a economia capitalista;
d) Guerra Fria, que caracterizou o período de entre guerras, provocando insegurança e crises econômicas no mundo;
e) tomada de medidas econômicas pelo presidente norte-americano Roosevelt, conhecidas como New Deal, que levaram à crise econômica no mundo.

2- Assinale a alternativa que corresponde aos efeitos da crise de 1929 no Brasil:
a) Queda nas exportações de produtos industrializados;
b) Intervenção do Estado para evitar a queda dos preços do café;
c) Especulação nas bolsas de café, gerando supervalorização de ações;
d) Investimentos no setor industrial brasileiro, para suprir o mercado norte-americano;
e) Quebra da Bolsa de Investimentos em café no Brasil

3- Assinale a alternativa que NÃO corresponde aos efeitos da crise de 1929 na Alemanha:
a) Corte em programas de assistência da classe média;
b) Empobrecimento da classe média;
c) Fortalecimento do poder político e da popularidade da República de Weimar;
d) Hiperinflação e desvalorização da moeda (Marco alemão);
e) Fortalecimento e difusão do ideário da ultra-direita nacionalista e totalitária.

4- A crise de 1929 foi muito mais do que um crash financeiro, do que uma quebra generalizada das bolsas de valores. Foi uma crise profunda do próprio capitalismo. 
a) Por que houve a crise? 
b) Como repercutiu no Brasil?


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