SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO DE APIAÍ
E.E DIÓGENES RIBEIRO DE LIMA
PROFESSORA- CARMELINA (MILA)
NOME DO ALUNO-
Período: 21-08-2020 Data para retorno- 04-09-2020
CONTEÚDO:
TEMA:
“CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO FILOSÓFICO – COMPARAÇÃO COM O DISCURSO CIENTÍFICO”
ATIVIDADES
Dando continuidade ao
desenvolvimento do tema da atividade anterior, sugerimos a leitura do texto.
“A Filosofia entre a religião e a ciência”, de
Bertrand Russel. (...) “Filosofia” é uma palavra que tem sido empregada de
várias maneiras, umas mais amplas, outras mais restritas. Pretendo empregá-la
em seu sentido mais amplo, como procurarei explicar adiante. A Filosofia,
conforme entendo a palavra, é algo intermediário entre a Teologia e a Ciência.
Como a Teologia, consiste de especulações sobre assuntos a que o conhecimento
exato não conseguiu, até agora, chegar, mas, como ciência, apela mais à razão humana
do que à autoridade, seja esta a da tradição ou a da revelação. Todo
conhecimento definido - eu o afirmaria - pertence à ciência; e todo dogma
quanto ao que ultrapassa o conhecimento definido, pertence à Teologia. Mas
entre a Teologia e a Ciência existe uma Terra de Ninguém, exposta aos ataques
de ambos os campos: essa Terra de Ninguém é a Filosofia. Quase todas as
questões do máximo interesse para os espíritos especulativos são de tal índole
que a Ciência não as pode responder, e as respostas confiantes dos teólogos já
não nos parecem tão convincentes como o eram nos séculos passados. Acha-se o
mundo dividido em espírito e matéria? E, supondo-se que assim seja, que é
espírito e que é matéria? Acha-se o espírito sujeito à matéria, ou é ele dotado
de forças independentes? Possui o universo alguma unidade ou propósito? Está
ele evoluindo rumo a alguma finalidade? Existem realmente leis da natureza, ou
acreditamos nelas devido unicamente ao nosso amor inato pela ordem? É o homem o
que ele parece ser ao astrônomo, isto é, um minúsculo conjunto de carbono e
água a rastejar, impotentemente, sobre um pequeno planeta sem importância? Ou é
ele o que parece ser a Hamlet? Acaso é ele, ao mesmo tempo, ambas as coisas?
Existe uma maneira de viver que seja nobre e outra que seja baixa, ou todas as
maneiras de viver são simplesmente inúteis? Se há um modo de vida nobre, em que
consiste ele, e de que maneira realizá-lo? Deve o bem ser eterno, para merecer
o valor que lhe atribuímos, ou vale a pena procurá-lo, mesmo que o universo se
mova, inexoravelmente, para a morte? Existe a sabedoria, ou aquilo que nos
parece tal não passa do último refinamento da loucura? Tais questões não
encontram resposta no laboratório. As teologias têm pretendido dar respostas,
todas elas demasiado concludentes, mas a sua própria segurança faz com que o
espírito moderno as encare com suspeita. O estudo de tais questões, mesmo que
não se resolvam esses problemas, constitui o empenho da Filosofia. (RUSSEL,
B. A Filosofia entre a religião e a ciência Texto na íntegra disponível em
Domínio Público. . Acesso em 07 mar. 2019).
ATIVIDADES
1. O que você entende
por “Terra de Ninguém”?
2. Por que no texto a
Filosofia pertence à “Terra de Ninguém”?
3. Segundo o texto, que
tipo de pergunta não encontra resposta em testes de laboratório?
4. Realize a atividade
proposta.
* A partir da leitura do trecho, construa um texto sobre a importância
da Filosofia para compreendermos o mundo que vivemos, ainda mais nessa época de
pandemia..
AVALIAÇÃO: Devolutiva (retorno das atividades) através do whattsap
/ Blog.
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