quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA TURMA: 3º SÉRIE

 

OBJETO  DO CONHECIMENTO: Desumanização e coisificação do outro.

 

 HABILIDADES: *Apreender como ocorrem processos de desumanização e coisificação do outro.

MOMENTO 3

Desumanização e coisificação do outro

Diariamente são noticiadas situações que exemplificam isso claramente. Certo é

que, muitas denúncias deixam de ser registradas ou noticiadas. O que implica em

compreender que as estatísticas relatam um universo aproximado.

Analise essas situações, aqui expressas por manchetes baseadas em casos

divulgados nos meios de comunicação:

 Motorista atropela ciclista que estava à sua frente no trânsito1.

 Estatística demonstra que se mata muitíssimo mais pessoas negras do que

pessoas brancas.2

 Empresário condenado por trabalho escravo entende que empregada que

pleiteia pagamento é oportunista3.

 

Ainda que a manchete por si  compreenda uma gama de questões, a leitura das

notícias pode contribuir com a reunião de elementos para a desnaturalização do

olhar. O cerne da atividade é a discussão sobre por que algumas pessoas

entenderem que outras, de acordo com suas condições, se tornam objetos dos

quais podem dispor, independentemente de suas necessidades, sentimentos e

anseios.

Nessa reflexão, também precisam ser inseridas as pessoas que não

compreendem os semelhantes como objetos, mas acabam desconsiderando-os,

ao não serem capazes de enxergá-los como seres humanos, porém, apenas como

um entrave no seu dia a dia. Como, por exemplo, os carroceiros, que atrapalham

seu deslocamento no trânsito.

Você observara que o problema em questão tem algumas raízes na

individualidade? Isto é, no quanto a preocupação consigo mesmo é capaz de

envolver em brumas os outros e suas necessidades.

Obviamente, essa é uma discussão ampla e deve ser pautada com o maior

número de indicadores possíveis. No caso da locomoção, acima citada, fatores

com a precariedade do transporte público, por exemplo, também devem ser

levados em consideração.

Na mesma seara, observa-se a ânsia pela posse de armas por parte da

população, que acredita que por si  pode dar conta da própria segurança. Este é

outro indicativo de como a individualidade contribui para a compreensão de que o

outro vale tanto quanto um objeto e eliminá-lo é justificável, na medida em que

isso garante a própria sobrevivência.

 

Em muitos casos, a posse da arma pode extrapolar a questão da segurança. Dois

momentos recentes evidenciam tais circunstâncias: o assassinato do ator Rafael

Henrique Miguel e seus pais, no dia 09 de junho de 2019, em São Paulo, e o

assassinato de um morador de rua, no dia 11 de maio de 2019, em Santo André.

Os dois trágicos acontecimentos têm um radical comum: a banalização da

violência, que atinge todos os estratos. Este é um terreno fértil para

desumanização e coisificação de pessoas que, segundo aqueles que atentam

contra elas, não “preenchem os requisitos”.

Procure notícias, editoriais, reflexões, manifestações de solidariedade e, ainda,

manifestações de apoio aos assassinos (estas, muito provavelmente, hospedadas

em grupos de redes sociais) para constituir uma análise sociológica da

banalização da violência.

O objetivo é a compreensão de que a violência e sua banalização encontram

solo fértil na desumanização e coisificação do outro, e vice-versa.

 

 

ATIVIDADES:

Assistir as aulas no Centro de Mídias SP.

Interagir no grupo de WhatsApp da turma e professor.

Caderno do aluno  série  bimestre página: 102-105

 

1- Você  estranhou condições degradantes em que muitas pessoas se

encontram e as violências que sofrem por serem o que são e estarem onde

estão?

 

2- Afinal, até que ponto podemos criticar alguém por usar o próprio veículo

se o serviço público não atende todas as demandas da população?

 

 

Fazer leitura do texto para responder as questões proposta.

 

 

 

AVALIAÇÃO: Devolutiva (retorno das atividades) através do whattsap / Blog.

 

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