segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Geografia 2º Ano EM- Turma A - População brasileira - Formação e costumes: Parte I

População brasileira - Formação e costumes: Parte I


O povo brasileiro

Roteiro de Estudo

Roteiro de Estudo                       10 de Agosto - 17 de Agosto.

Aula no CMSP                              07 de Agosto

Quantidade de Aulas                   02 aulas

Unidade Temática:                      Dinâmica Demográfica

Descritor:                                Associar as manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos que compõem a matriz brasileira do presente aos processos históricos de sua formação cultural.

Atividade:                               Assistir as aulas no CMSP;

                                               Interagir no Grupo de WhatsApp da sala;

                                               Acessar o Blog da Escola https://diogenesead.blogspot.com/

                                               Resolver as Atividades enviadas.

                                               Enviar para o Aplicativo do Professor

Avaliação:                               Interação e Engajamento

                                             Resolução das Atividades propostas.


Atividades

01- Faça um breve relato sobre a Vídeo aula 07 de agosto de 2020, referente ao tema: População brasileira - Formação e costumes: Parte I

 

 

 

02- Leia o texto a seguir e responda às questões.

Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia

[...] No século XVIII, a cor da pele foi considerada como um critério fundamental e divisor d’água entre as chamadas raças. [...]

No século XIX, acrescentou-se ao critério da cor outros critérios morfológicos como a forma do nariz, dos lábios, do queixo, do formato do crânio, o ângulo facial etc. para aperfeiçoar a classificação. [...] No século XX, descobriu-se, graças aos progressos da Genética Humana, que havia no sangue critérios químicos mais determinantes para consagrar definitivamente a divisão da humanidade em raças estanques. Grupos de sangue, certas doenças hereditárias e outros fatores na hemoglobina eram encontrados com mais frequência e incidência em algumas raças do que em outras, podendo configurar o que os próprios geneticistas chamaram de marcadores genéticos.

O cruzamento de todos os critérios possíveis (o critério da cor da pele, os critérios morfológicos e químicos) deu origem a dezenas de raças, sub-raças e subsub-raças. As pesquisas comparativas levaram também à conclusão de que os patrimônios genéticos de dois indivíduos pertencentes a uma mesma raça podem ser mais distantes que os pertencentes a raças diferentes; um marcador genético característico de uma raça pode, embora com menos incidência, ser encontrado em outra raça. Assim, um senegalês pode, geneticamente, ser mais próximo de um norueguês e mais distante de um congolês, da mesma maneira que raros casos de anemia falciforme podem ser encontrados na Europa etc. Combinando todos esses desencontros com os progressos realizados na própria ciência biológica (genética humana, biologia molecular, bioquímica), os estudiosos desse campo de conhecimento chegaram à conclusão de que a raça não é uma realidade biológica, mas sim apenas um conceito, aliás cientificamente inoperante, para explicar a diversidade humana e para dividi-la em raças estanques. Ou seja, biológica e cientificamente, as raças não existem.

A invalidação científica do conceito de raça não significa que todos os indivíduos ou todas as populações sejam geneticamente semelhantes. Os patrimônios genéticos são diferentes, mas essas diferenças não são suficientes para classificá-las em raças. O maior problema não está nem na classificação como tal, nem na inoperacionalidade científica do conceito de raça. Se os naturalistas dos séculos XVIII-XIX tivessem limitado seus trabalhos somente à classificação dos grupos humanos em função das características físicas, eles não teriam certamente causado nenhum problema à humanidade. Suas classificações teriam sido mantidas ou rejeitadas como sempre aconteceu na história do conhecimento científico. Infelizmente, desde o início, eles se deram o direito de hierarquizar, isto é, de estabelecer uma escala de valores entre as chamadas raças.

O fizeram erigindo uma relação intrínseca entre o biológico (cor da pele, traços morfológicos) e as qualidades psicológicas, morais, intelectuais e culturais. Assim, os indivíduos da raça “branca” foram decretados coletivamente superiores aos das raças “negra” e “amarela”, em função de suas características físicas hereditárias, tais como a cor clara da pele, o formato do crânio (dolicocefalia), a forma dos lábios, do nariz, do queixo etc. que, segundo pensavam, os tornam mais bonitos, mais inteligentes, mais honestos, mais inventivos etc. e consequentemente mais aptos para dirigir e dominar as outras raças, principalmente a negra, mais escura de todas, e consequentemente considerada como a mais estúpida, mais emocional, menos honesta, menos inteligente e, portanto, a mais sujeita à escravidão e a todas as formas de dominação. [...]

Podemos observar que o conceito de raça, tal como o empregamos hoje, nada tem de biológico. É um conceito carregado de ideologia, pois como todas as ideologias, ele esconde uma coisa não proclamada: a relação de poder e de dominação. [...] MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Palestra proferida no 3o Seminário Nacional Relações Raciais e Educação – PENESB – RJ, 5/11/03. Disponível em: <https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59>. Acesso em: 26 nov. 2013.

a) Quais foram os critérios utilizados pelos naturalistas europeus no século XIX para estabelecer o conceito de raça?

 

 

b) Considerando-se a genética, é possível dividir a humanidade em raças? Explique sua resposta.


 

c) Por que o autor afirma que o conceito de raça é carregado de ideologia?


 

03- Leia o trecho da letra da canção Afro-brasileiro, de Thaíde e DJ Hum, apresentado a seguir.

Afro-brasileiro

Thaíde e DJ Hum

[...] Vamos sentar aqui no chão, colocar o boxe do lado e ouvir o som do GOG

Mano bem pesado, Câmbio Negro e Racionais, meu irmão

Afinal, o que é bom tem que ser provado

Tanta coisa boa e você aí parado, acuado, é por isso que insisto

Sou preto atrevido e gosto quando me chamam de macumbeiro

Toco atabaque em rodas de capoeira, e toco direito

Minha cultura primeiro, o meu orgulho é ser um negro verdadeiro afro-brasileiro

Sabe quem eu sou? Afro-brasileiro

Me diga quem é (4 vezes)

Somos descendentes de Zumbi

Grande guerreiro.

a) Qual é a mensagem explicitada nesse trecho?

 

 

BONS ESTUDOS

Após a Realização das Atividades em seu Caderno, a caneta, enviar uma foto das Questões resolvidas para o meu número de WhatsApp, com seu nome, número e série. Data limite para entrega, 17 de agosto de 2020. 

Professor Leandro.


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