Roteiro
de Estudo 10 de Agosto - 17 de Agosto.
Aula no CMSP 07
de Agosto
Quantidade
de Aulas 02 aulas
Unidade Temática: Dinâmica
Demográfica
Descritor: Associar as manifestações culturais dos
diferentes grupos étnicos que compõem a matriz brasileira do presente aos
processos históricos de sua formação cultural.
Atividade: Assistir as aulas no CMSP;
Interagir no Grupo de WhatsApp da sala;
Acessar o Blog da Escola https://diogenesead.blogspot.com/
Resolver as Atividades enviadas.
Enviar para o Aplicativo do Professor
Avaliação: Interação e Engajamento
Resolução das Atividades propostas.
Atividades
01- Faça
um breve relato sobre a Vídeo aula 07 de agosto de 2020, referente ao tema: População
brasileira - Formação e costumes: Parte I
02- Leia o texto a seguir e responda às questões.
[...]
No século XVIII, a cor da pele foi considerada como um critério fundamental e
divisor d’água entre as chamadas raças. [...]
No
século XIX, acrescentou-se ao critério da cor outros critérios morfológicos
como a forma do nariz, dos lábios, do queixo, do formato do crânio, o ângulo
facial etc. para aperfeiçoar a classificação. [...] No século XX, descobriu-se,
graças aos progressos da Genética Humana, que havia no sangue critérios
químicos mais determinantes para consagrar definitivamente a divisão da humanidade
em raças estanques. Grupos de sangue, certas doenças hereditárias e outros
fatores na hemoglobina eram encontrados com mais frequência e incidência em
algumas raças do que em outras, podendo configurar o que os próprios
geneticistas chamaram de marcadores genéticos.
O
cruzamento de todos os critérios possíveis (o critério da cor da pele, os
critérios morfológicos e químicos) deu origem a dezenas de raças, sub-raças e
subsub-raças. As pesquisas comparativas levaram também à conclusão de que os
patrimônios genéticos de dois indivíduos pertencentes a uma mesma raça podem
ser mais distantes que os pertencentes a raças diferentes; um marcador genético
característico de uma raça pode, embora com menos incidência, ser encontrado em
outra raça. Assim, um senegalês pode, geneticamente, ser mais próximo de um
norueguês e mais distante de um congolês, da mesma maneira que raros casos de
anemia falciforme podem ser encontrados na Europa etc. Combinando todos esses
desencontros com os progressos realizados na própria ciência biológica
(genética humana, biologia molecular, bioquímica), os estudiosos desse campo de
conhecimento chegaram à conclusão de que a raça não é uma realidade biológica,
mas sim apenas um conceito, aliás cientificamente inoperante, para explicar a
diversidade humana e para dividi-la em raças estanques. Ou seja, biológica e
cientificamente, as raças não existem.
A
invalidação científica do conceito de raça não significa que todos os
indivíduos ou todas as populações sejam geneticamente semelhantes. Os
patrimônios genéticos são diferentes, mas essas diferenças não são suficientes
para classificá-las em raças. O maior problema não está nem na classificação
como tal, nem na inoperacionalidade científica do conceito de raça. Se os
naturalistas dos séculos XVIII-XIX tivessem limitado seus trabalhos somente à
classificação dos grupos humanos em função das características físicas, eles não
teriam certamente causado nenhum problema à humanidade. Suas classificações
teriam sido mantidas ou rejeitadas como sempre aconteceu na história do
conhecimento científico. Infelizmente, desde o início, eles se deram o direito
de hierarquizar, isto é, de estabelecer uma escala de valores entre as chamadas
raças.
O
fizeram erigindo uma relação intrínseca entre o biológico (cor da pele, traços
morfológicos) e as qualidades psicológicas, morais, intelectuais e culturais. Assim,
os indivíduos da raça “branca” foram decretados coletivamente superiores aos
das raças “negra” e “amarela”, em função de suas características físicas
hereditárias, tais como a cor clara da pele, o formato do crânio (dolicocefalia),
a forma dos lábios, do nariz, do queixo etc. que, segundo pensavam, os tornam mais
bonitos, mais inteligentes, mais honestos, mais inventivos etc. e
consequentemente mais aptos para dirigir e dominar as outras raças,
principalmente a negra, mais escura de todas, e consequentemente considerada
como a mais estúpida, mais emocional, menos honesta, menos inteligente e,
portanto, a mais sujeita à escravidão e a todas as formas de dominação. [...]
Podemos
observar que o conceito de raça, tal como o empregamos hoje, nada tem de biológico.
É um conceito carregado de ideologia, pois como todas as ideologias, ele
esconde uma coisa não proclamada: a relação de poder e de dominação. [...] MUNANGA,
Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e
etnia. Palestra proferida no 3o Seminário Nacional Relações Raciais e Educação
– PENESB – RJ, 5/11/03. Disponível em:
<https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59>. Acesso em: 26 nov. 2013.
a) Quais foram os critérios
utilizados pelos naturalistas europeus no século XIX para estabelecer o conceito
de raça?
b) Considerando-se a genética, é
possível dividir a humanidade em raças? Explique sua resposta.
c) Por que o autor afirma que o
conceito de raça é carregado de ideologia?
03-
Leia
o trecho da letra da canção Afro-brasileiro, de Thaíde e DJ Hum, apresentado a
seguir.
Afro-brasileiro
Thaíde
e DJ Hum
[...]
Vamos sentar aqui no chão, colocar o boxe do lado e ouvir o som do GOG
Mano
bem pesado, Câmbio Negro e Racionais, meu irmão
Afinal,
o que é bom tem que ser provado
Tanta
coisa boa e você aí parado, acuado, é por isso que insisto
Sou
preto atrevido e gosto quando me chamam de macumbeiro
Toco
atabaque em rodas de capoeira, e toco direito
Minha
cultura primeiro, o meu orgulho é ser um negro verdadeiro afro-brasileiro
Sabe
quem eu sou? Afro-brasileiro
Me
diga quem é (4 vezes)
Somos
descendentes de Zumbi
Grande
guerreiro.
a) Qual é a mensagem explicitada
nesse trecho?
BONS ESTUDOS
Após
a Realização das Atividades em seu Caderno, a caneta, enviar uma foto das Questões
resolvidas para o meu número de WhatsApp, com seu nome, número e série. Data
limite para entrega, 17 de agosto de 2020.
Professor
Leandro.
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