segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Português - 7º ano A - EF - RECUPERAÇÃO INTENSIVA 3º BIMESTRE

 

EE PROFº DIÓGENES RIBEIRO DE LIMA

7º ano "A"   Profª Jucilene

Língua Portuguesa

ATIVIDADE  DE RECUPERAÇÃO - 3º BIMESTRE

05 A 09 DE OUTUBRO DE 2020

 

Uma lembrança para guardar com carinho

Hoje de manhã todo mundo chegou muito contente na escola, porque nós vamos tirar uma fotografia da classe, que vai ficar de lembrança para a gente guardar por toda a vida, como a professora disse. Ela também disse para todo mundo vir bem limpo e penteado. Eu entrei no pátio do recreio cheio de brilhantina na cabeça. Todos os meus amigos já estavam lá e a professora estava brigando com o Godofredo, que veio vestido de marciano. O Godofredo tem pai muito rico, que compra todos os brinquedos que ele quer. O Godofredo estava dizendo para a professora que ele queria de todo jeito ser fotografado de marciano e que, senão, ele ia embora.

O fotógrafo também já estava lá com a máquina, e a professora disse para ele andar logo, porque senão a gente ia perder a aula de matemática. O Agnaldo, que é o primeiro da classe e o queridinho da professora, disse que seria uma pena não ter aula de matemática, porque ele gosta muito e tinha feito todos os problemas. O Eudes, um colega muito forte, queria dar um soco no nariz do Agnaldo, mas o Agnaldo usa óculos e a gente não pode bater nele tanto quanto gostaria. A professora começou a gritar que nós éramos insuportáveis, que se continuasse assim não ia ter mais fotografia e que ia todo mundo para a classe. Aí o fotógrafo disse: “Vamos, vamos, calma, calma. Deixe que eu sei como se fala com criança, vai dar tudo certo.”

O fotógrafo resolveu que a gente tinha que ficar em três filas: a primeira fila sentada no chão, a segunda em pé em volta da professora, que ia ficar sentada numa cadeira, e a terceira, em pé em cima de uns caixotes. Esse fotógrafo tem boas idéias mesmo.

Fomos buscar os caixotes que estavam no porão da escola. Foi muito divertido, porque não havia muita luz no porão e o Rufino enfiou um saco velho na cabeça e ficou gritando: “UUU! Eu sou um fantasma”. E aí a gente viu a professora chegar. Ela não parecia muito contente, então nós saímos depressa com os caixotes. O único que ficou foi o Rufino. Com aquele saco ele não via o que estava acontecendo e continuava gritando: “UUU! Eu sou um fantasma”, e foi a professora que tirou o saco da cabeça dele. O Rufino levou um baita susto. Quando chegou de novo no pátio, a professora largou a orelha dele e bateu com a mão na testa e disse: “Mas vocês estão imundos.” Era verdade, a gente tinha se sujado um pouco fazendo palhaçadas no porão. A professora estava zangada, mas aí o fotógrafo disse que não fazia mal, que dava tempo da gente se lavar enquanto ele arrumava os caixotes e a cadeira para a foto. O único que estava com a cara limpa era o Agnaldo, e fora ele também o Godofredo, porque ele estava com a cabeça dentro do capacete de marciano, que parecia um aquário. O Godofredo disse para a professora: “Está vendo só, professora, se todos tivessem vindo vestidos como eu não tinha acontecido nada disso.” Eu vi que a professora estava com muita vontade de puxar as orelhas do Godofredo, mas não tinha jeito de segurar, no aquário. Essa roupa de marciano é um arranjo incrível!

(Goscinny. O Pequeno Nicolau. Martins Fontes, São Paulo, 1986)

 

1. A pessoa que está contando essa história é

(A) o Godofredo, um dos alunos.

(B) o fotógrafo que vai fotografar a classe.

(C) a professora da classe.

(D) um dos alunos da classe.

 

2. "Hoje de manhã todo mundo chegou muito contente na escola, porque nós vamos tirar uma fotografia da classe, que vai ficar de lembrança para a gente guardar por toda a vida". Nesse trecho, as palavras grifadas, todo mundo, nós, e a gente representam

(A) os alunos da classe.

(B) as pessoas em geral e a professora.

(C) os alunos, a professora e o fotógrafo.

(D) todas as pessoas da cidade.

 

3. O narrador comenta: “Essa roupa de marciano é um arranjo incrível”! porque

(A) com o capacete parece um aquário.

(B) ele acha essa roupa uma fantasia bonita e gostaria de ter uma.

(C) o capacete não deixa que a professora puxe as orelhas de quem está com ele.

(D) o capacete protege o rosto e o aluno não precisa se lavar.

 

4. No trecho "e foi a professora que tirou o saco da cabeça dele", a palavra grifada quer dizer:

(A) do Rufino.

(B) do Godofredo.

(C) do velho.

(D) do Agnaldo.

 

5. Quando o fotógrafo diz "eu sei como se fala com criança", ele quer

(A) fazer uma brincadeira com a professora.

(B) mostrar que pode, com calma, organizar as crianças para a foto.

(C) mostrar que é preciso ser rigoroso com as crianças.

(D) que as crianças tenham medo dele.

 

6. Em "O fotógrafo resolveu que a gente tinha que ficar em três filas:", os dois pontos servem para

(A) pôr em dúvida a arrumação dos alunos.

(B) obrigar os alunos a ficar em filas.

(C) perguntar como seria cada fila.

(D) apresentar a explicação de como será cada fita.

 

Lampião e Lancelote

[...]

Agora eu lhes apresento

Um grande cangaceiro

Nascido em nosso país

Leal e bom companheiro

Para uns foi criminoso

Para outros justiceiro

Criado nas terras secas

Vaqueiro trabalhador

Cuidava de um ralo gado

Com coragem e com valor

Seu nome era Virgulino

Mas um dia veio a dor

Ao ver seu pai baleado

Ele partiu pra vingança

À frente dos cangaceiros

Se pôs logo em liderança

Bando de cabras armados

Ao inimigo com ganância*!

Com este bando temido

Atirava igual canhão

Com seu rifle poderoso

Tornava a noite um clarão

Por isso todo orgulhoso

Se chamou de lampião

[...]

(*Ganância significa um desejo grande de alcançar algum objetivo)

(Vilela, Fernando. Lampião e Lancelote, São Paulo: Cosac Naify, 2006)

 

7. O que levou o personagem do poema a se tornar um líder de cangaceiros foi

(A) sua coragem e seu valor.

(B) a morte de seu pai.

(C) um bando de cabras armados.

(D) seu apelido de Lampião.

 

8. “Para uns foi criminoso

Para outros justiceiro

A palavra “justiceiro” foi utilizada para mostrar que o personagem era visto como alguém que

(A) respeitava muito a justiça.

(B) julgava bandidos no tribunal.

(C) fazia justiça com as próprias mãos.

(D) justificava seus atos de vingança.

 

9. Ao inimigo com ganância!

O ponto de exclamação ao final desse verso é utilizado para

(A) enfatizar a força da vingança.

(B) assustar o leitor com a situação criada.

(C) revelar surpresa com o desejo de vingança.

(D) expressar preocupação com a situação do inimigo.

 

10. “Com seu rifle poderoso”

A palavra seu, grifada na frase acima refere-se ao

(A) bando de Lampião.

(B) cangaceiros.

(C) pai.

(D) Virgulino.

 

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